sexta-feira, outubro 06, 2006

Ontem na saída da última aula estávamos assinando a lista de presença, e como eu era a única de caneta em punho a minha caneta rolou de mão em mão para os outros colegas assinarem a lista. Eu fui a penúltima, e depois que assinei virei de costas para ir embora. Foi então que ouvi um brado:
- Ei! A caneta.
Era um colega pedindo, não muito delicadamente a caneta. Eu tenho um grave problema com má-educação e falta de delicadeza, mas como prezo pela prestatividade emprestei a caneta ao rapaz. E fiquei aguardando ele assinar.
Depois da assinatura ele me devolveu a caneta sem nenhum "obrigado" ou coisa que o valha.
Sinceramente, fiquei irritada! Numa sala de aula de ensino superior se espera outro tipo de comportamento.
Fui caminhando para o carro com a indignação na mente. Poxa! Não pede por favor e nem dá um obrigado? Demais, né honey? Quando entrei no carro, adivinha, o carro dele estava do lado do meu, e ele ia sair ao mesmo tempo que eu. Olhei istintivamente para o carro dele para ter a noção do espaço para sair. Ele me olhou e me deu thau.
Um thau tão meigo, atencioso e delicado que no mesmo instante eu esqueci toda a raiva que sentia dele.
É... "O Amor cobre uma multidão de pecados"...

7 comentários:

Anônimo disse...

ahahahah - o tchauzinho dele foi especial! Às vezes, a "falta de educação" e/ou "falta de sensibilidade no trato com o outro" não são, necessariamente, com má intenção. Eu, em particular, gosto de tratar bem o outro. "Obrigada", "licença", "bom dia", "boa tarde"... são palavrinhas que me acompanham. E é claro que não faço isso para ser politicamente correta, mas porque creio que as relações sociais se tornam muito mais saudáveis com esse tipo de comportamento. Se eu não estiver a fim de ser agradável com alguém, não serei. Forçar educação/gentileza é um erro tão grave quanto o de não ter educação/gentileza (...). No mais, você concluiu o seu texto com um versículo lindo! um beijão,

Rebeca disse...

Me: Aline, com certeza não foi com má intenção que o rapaz foi mal educado, acredito que foi por falta de costume em ser educado... Sempre um mal hábito pode ser corrigido. :)
Acho esse versículo lindo também, e na hora que ele me deu "thau" lembrei instantaneamente dele ao perceber que um gesto gentil me fez esquecer toda a raiva.
Beijos!

Anônimo disse...

eu gosto dessa frase de Aristóteles: "Nós somos o que fazemos repetidas vezes. Portanto, excelência não deve ser um ato e, sim, um hábito." VLW!!!

Rebeca disse...

Malafaia: Muito bem observado Ester! Muito bem observado!
Beijos!

Anônimo disse...

ahahah Ester, essa frase atribuída a Aristóteles está no livro "Os Sete Hábitos das Pessoas Muitos Eficazes"... quando eu li pela primeira vez, tratei de gravar para sempre. Estava exatamente assim: "Somos o que repetidamente fazemos; a excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito". beijos,

Filipe Malafaia Cerqueira disse...

Muito interessante este fato! Impressionante como um simples gesto pode mudar toda uma ocasião. A gente nunca sabe quando vai se surpreender com alguém, para o bem e para o mal...

Rebeca disse...

Filipe: Exatamente Filipe. Um gesto pode mudar toda uma ocasião. E graças a Deus que ele conseguiu mudar a situação. rs